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Senador Jaime Bagatolli responsabiliza Confúcio Moura por erros no processo da BR 364

Por: Paulo Mendes

Redação: Revista Reflexo Político

Em um discurso emocionado e inflamado, o senador Jaime Bagatolli (PL), fez na tarde de segunda feira (19), uma séria denúncia contra o senador Confúcio Moura, durante audiência pública que aconteceu em Vilhena, sobre o leilão da Concessão da BR 364.

Ao falar da sucessão de erros que ocorreram na composição dos valores dos pedágios e prazos para a concessão, Bagatolli admitiu que houve uma grande falha que causou o leilão da BR nos moldes aprovados, que devem prejudicar a economia do estado, especialmente nas atividades do setor produtivo.

Jaime disse que implorou, sem sucesso, ao senador Confúcio – então presidente da Comissão de Infra estrutura do Senado – que não permitisse que fosse licitada a concessão no modelo aprovado. Segundo ele, foram apresentados ao colega de parlamento, dados suficientes para demonstrar a inviabilidade dos preços de pedágio e contrapartida oferecida pela concessionária ao longo dos anos, mas, em vão.

O senador falou da sua preocupação com todos os setores que sofrerão com o impacto da concessão se o contrato for assinado. O setor produtivo, por exemplo, terá um impacto considerável, se levar em conta que um caminhão que vai a Porto Velho carregado e volta vazio, pagará 2 mil reais. Se voltar carregado, 2,4 mil reais. Segundo o senador, que é empresário também do ramo de transportes e combustíveis, a tabela de preços, especialmente para caminhões, é impraticável, um verdadeiro assalto, disse.

Jaime justificou o erro explicando que o presidente da Comissão de Infra Estrutura do Senado não era o Senador Marcos Rogério e disse que lutou de unhas e dentes para reverter a situação. Lembrou que tem interesse direto na melhor qualidade da BR e seus custos, já que atua em diversas frentes do agronegócio.

Diversos representantes do agro estiveram presentes e ficaram apreensivos com a falta de opções na tentativa de reverter a situação. O presidente da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, disse claramente que foram cumpridas todas as formalidades durante o processo e não vislumbrou qualquer justificativa para mudanças nesta altura do resultado do leilão.

A expectativa agora, segundo Bagatolli, é que o Ministro Renan Filho tenha uma “carta na manga” para tentar minimizar o impacto de um contrato de mão única que vai beneficiar mais diretamente a concessionária do que o povo de Rondônia e os que dependem do setor produtivo como transportadoras e produtores.

No dia seguinte à audiência em Vilhena, um video da assessoria de comunicação do senador, inundou as redes sociais com imagens de diversas reuniões, aparentemente dentro das salas das Comissões, onde defendeu a necessidade de revisão do processo antes da licitação e leilão realizados pelo governo federal.

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