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Israel prepara plano para saída ‘voluntária’ da população de Gaza

Palestinos caminham em região costeira para acessar norte de Gaza

O governo de Israel ordenou, nesta quinta-feira (6), que o Exército prepare um plano para a saída voluntária dos moradores da Faixa de Gaza, projeto alinhado com a ideia do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de deslocar a população do território palestino.

O presidente republicano também sugeriu na terça-feira que os Estados Unidos assumam o controle do território, mas não revelou detalhes nem prazos para a proposta, que provocou indignação internacional e advertências contra uma “limpeza étnica”.

Apesar das críticas internacionais, o ministro israelense da Defesa, Israel Katz, celebrou “o plano audacioso de Trump e ordenou ao Exército para “preparar um plano para permitir que os habitantes de Gaza saiam voluntariamente”…

O objetivo é permitir “a saída de qualquer residente de Gaza que deseje, para qualquer país que os aceite”, afirmou em um comunicado.

“O plano incluirá opções de saída através das passagens terrestres, assim como medidas especiais para saídas por mar e ar”, completou.

Atualmente, os quase 2,4 milhões habitantes de Gaza não podem deixar o território cercado por Israel e devastado pela guerra, que começou em 7 de outubro de 2023 com o ataque surpresa do movimento islamista Hamas contra o território israelense.

Uma trégua está em vigor desde 19 de janeiro e permitiu a libertação de 18 pessoas sequestradas pelo Hamas em troca da libertação de centenas de prisioneiros palestinos…

O acordo também possibilitou um “aumento considerável” da ajuda humanitária para o território, onde entraram “mais de 10.000 caminhões nas duas semanas transcorridas desde o cessar-fogo”, disse Tom Fletcher, diretor do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Agora, Israel e Hamas, com a mediação do Catar, Egito e Estados Unidos, devem negociar os detalhes da segunda fase da trégua para acabar de maneira definitiva com a guerra e libertar os demais reféns que continuam vivos

Imagem: Omar Al-Qattaa/AFP

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