Impasse burocrático impede reparos em via pública no centro de Colorado do Oeste

Uma situação inusitada tem gerado reclamações em Colorado do Oeste, cone sul de Rondônia, onde um trecho urbano da BR-435, que corta a cidade, apresenta problemas estruturais sem que a Prefeitura possa intervir diretamente. A rodovia, que liga Vilhena a Pimenteiras do Oeste, passa pelo perímetro urbano dos municípios de Colorado do Oeste e Cerejeiras, e, dentro de Colorado, é denominada como Avenida Paulo de Assis Ribeiro e Avenida Marechal Rondon.
Na esquina entre essas duas avenidas, um grande buraco tem prejudicado motoristas e pedestres. A cratera, que começou na pista de rolamento, já está avançando para a calçada de pedestres, comprometendo sua integridade e aumentando os riscos de acidentes.
O problema, no entanto, vai além da infraestrutura: a responsabilidade pelo reparo está em disputa. Como a via é uma rodovia federal, sua manutenção cabe ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Já a calçada é de competência da Prefeitura de Colorado do Oeste. Isso impede que o município tome medidas diretas para solucionar o problema, gerando insatisfação entre os moradores, que cobram ações da administração municipal.
Diante da situação, o prefeito Edinho da Rádio viajou a Brasília, onde está em contato com o DNIT para tentar resolver o impasse. Em entrevista, ele afirmou que está cobrando providências do órgão federal, e que, enquanto a obra definitiva não ocorre, busca autorização para ao menos colocar cascalho no local, minimizando os transtornos para motoristas e pedestres.
O prefeito destacou que tem feito o que está ao seu alcance, dentro da legalidade, e propôs parcerias institucionais para viabilizar os reparos sem desrespeitar as normas que impedem o município de atuar diretamente na rodovia federal.
Esse tipo de impasse burocrático, que divide as responsabilidades entre esferas municipal, estadual e federal, já causou problemas semelhantes em Vilhena, quando a gestão municipal tentou melhorar o acesso da BR-364 à Avenida Marques Henrique e acabou sendo processada pelo DNIT.
Além disso, o DNIT tem sido alvo frequente de reclamações devido à falta de manutenção adequada em rodovias da região. A situação da BR-435 é mais um exemplo da ineficiência na prestação de serviços, que gera transtornos para a população e coloca em risco a segurança de quem circula pela via.
Enquanto a questão segue indefinida, motoristas e pedestres de Colorado do Oeste enfrentam dificuldades diárias e cobram respostas mais ágeis das autoridades competentes.