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Banheiro “coreano”: um ano após demolição, complexo esportivo toma forma na Praça Genival Nunes

Estrutura polêmica custou cerca de R$ 200 mil e reflete desafios no uso de recursos públicos em Vilhena

Da Redação:

No último dia 9, completou-se um ano da demolição do chamado “banheiro coreano”, uma estrutura em formato de bola localizada na Praça Genival Nunes, em Vilhena. Construído em 2007 pelo então prefeito Marlon Donadon, após uma visita à Coreia do Sul para estudar o projeto, o banheiro teve pouco uso e se tornou alvo de polêmicas devido ao alto custo de aproximadamente R$ 200 mil e à sua rápida degradação.

Nos últimos anos, a estrutura foi abandonada e passou a ser ocupada por moradores em situação de rua, gerando reclamações sobre sujeira, mau cheiro e riscos sanitários, como o acúmulo de fezes e urina e o surgimento de criadouros de mosquitos da dengue e animais peçonhentos.

Em 2022, chegou a ser discutida a possibilidade de transformar o banheiro em um Museu do Esporte, com investimentos estimados em R$ 600 mil. No entanto, a ideia foi rejeitada pela opinião pública, que sugeriu que o novo projeto fosse construído ao lado, preservando o espaço original. De acordo com o secretário municipal de Obras, Laércio Torres, a prefeitura tentou revitalizar o banheiro com dois chamamentos públicos, mas não houve interessados, levando à demolição da estrutura metálica e à remoção da base de concreto.

Um ano após a polêmica demolição, a Praça Genival Nunes passa por uma revitalização com a construção de um complexo esportivo. O espaço contará com uma pista de skate, uma quadra de basquete 3×3 e um palco para apresentações culturais, com investimento total de R$ 469.508,93. A previsão de conclusão, segundo o secretário municipal de Esportes, Silmar de Freitas, é para o final de fevereiro deste ano.

A transformação da área busca apagar o histórico de descaso e polêmicas que marcaram o antigo “banheiro coreano”, trazendo novas oportunidades para o lazer e o esporte em Vilhena.